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Sedação porque não

Na maioria dos procedimentos clínicos não há a necessidade de sedação, mas de paciência e trabalho em equipe. Se vocês pais estão lendo esse texto porque sabem que têm um filho com comportamento difícil, não colaborativo ou já passou por situação adversa em outros tratamentos, podemos ajudar com a técnica do condicionamento infantil e anestesia sem agulhas para que a analgesia mostre que o problema é apenas comportamental e não por ter dor.

O profissional irá avaliar o tipo de comportamento conforme a idade, pois, algumas crianças maiores apresentam comportamento de bebê, manhoso, ou algum tipo de variação de personalidade (birra da infância). Os pais serão orientados frente a conduta a ser tomada, melhorando assim a atitude do acompanhante em relação ao tratamento.

Para alguns pais mais permissivos, irão encontrar dificuldade com este método, é importante salientar a prioridade do tratamento frente a vontade do próprio filho, que nem sequer gostaria de estar fazendo isso, muito menos ajudando os doutores. Nestes casos já pensando em tudo temos muitos prêmios que a criança pode escolher ao final para que seja um reforço positivo e melhore a colaboração do paciente infantil para dar menos trabalho aos pais e para o profissional, além de ficar como a principal lembrança, evita que fique algum tipo de trauma ou lembrança que se apaga com o passar do tempo.

Os valores agregados no condicionamento infantil são interpretados pela criança como uma experiência comum e agradável desde que não venha com dor e precise realizar tratamento endodôntico. Contamos também com a compreensão dos pais ao sair da consulta mudar o assunto, tratar a situação com normalidade e mudar o foco da situação.

A odontologia infantil atual é voltada para a prevenção, evitando assim situações de medo subjetivo, ou seja, o medo que a criança ouviu falar sem ter vivenciado nenhuma experiência adversa.

Este método de condicionamento infantil mostra um pouco da rotina odontológica para seus filhos, que precisam aprender aos poucos a se habituarem ao que será realizado, pois, foge da rotina. Vou apresentar aqui alguns exemplos do que as crianças que estão em condicionamento costumam se queixar e fazer: Existem algumas crianças que tem dificuldade de se sentarem na cadeira, se incomodam com a luz do refletor nos olhos e desencostam a cabeça, atrapalham a conduta do dentista segurando a mão que está trabalhando, realizam movimentos intempestivos e querem parar a todo momento.

Apresentam comportamento hostil, gritam sem ter feito nada. Começam a chorar sem ter motivos até não mais sair lágrimas dos olhos, fazem manhas, birras e tentam comover os pais a sair da situação. Sentem vontade de ir ao banheiro durante a consulta mais que o normal, têm incômodo com os sabores dos produtos odontológicos, ao colocar o algodão na região lingual sente náusea, colocam a língua para fora da boca e causam vômitos, se engasgam mesmo estando com o sugador, se sentem molhados com os aparelhos mesmo usando o avental, ao secar a boca não mantém a mesma aberta, movimentam demais a língua e passam em cima do dente, tem dificuldade ao abrir a boca ou manter aberta, encontram problemas com ruídos do sugador e motorzinho. Pacientes respiradores bucais que apresentam enorme dificuldade quando precisa se fazer dentes inferiores.

Principalmente a ansiedade infantil se confunde com medo, em todas essas situações citadas, nossa equipe está preparada para lidar com paciência e normalidade, pois, são parte da nossa rotina e contamos também com a colaboração do Acompanhante/ Responsável para ajudar a pontuar o certo, sugestionar coisas positivas, controlar o comportamento, ser firme na conduta e até mesmo dar bronca quando conversando não sortir efeito. A parte que cabe ao dentista fica dentro da boca e tudo que acontece durante o atendimento faz parte do condicionamento infantil.

Quanto mais cedo o contato com a Odontopediatra, mais positiva será sua experiência evitando assim, traumas ou situações que os adultos vivenciaram no passado, porque a criança deve vivenciar seu próprio momento, o acompanhante responsável que estiver na consulta deve reforçar sempre que será uma experiência positiva ir ao dentista. Os pais se surpreendem ao chegarem no consultório e verem um ambiente totalmente voltado para as crianças, coisa que não havia antigamente e hoje é uma realidade que facilita muito a conduta do profissional.

Traga as crianças de 3 em 3 meses nas consultas de manutenção, para que não haja recidiva de cáries e o profissional possa acompanhar a situação dos trabalhos realizados e a melhoria na higienização auxiliada pelos pais, iniciando o uso do fio dental.

Quando diminui a frequência dos atendimentos, por afastamento ou alta, a criança pode estranhar e até mesmo esquecer a rotina do consultório, mas sempre será lembrada de forma positiva tendo em vista sua saúde bucal. Tudo depende de uma dedicação ampliada que irá influenciar de maneira positiva no decorrer do tratamento.