Mobilidade dental
Todos os dentes tem uma mobilidade fisiológica, pois possuem fibras que sustentam o dente no alvéolo e periodonto, e naturalmente não são presos diretamente no osso alveolar, permitindo uma movimentação mínima devido a elasticidade do ligamento periodontal.
Devemos estar sempre atentos, principalmente aos pacientes que negligenciaram o uso do fio dental por um longo período, que um dos sintomas da doença periodontal, que é indolor é a mobilidade, juntamente com a reabsorção óssea vertical e horizontal que retrai a gengiva e deixa o dente amolecido com as fibras do ligamento periodontal comprometidas gerando uma mobilidade patológica.
Nos casos de traumatismo, as fibras do ligamento periodontal podem sofrer compressão ou estiramento conforme o jeito que o dente é traumatizado, é preciso fazer uma contenção para que haja a recuperação das fibras lesionadas e inflamadas, voltando a normalidade cessando a mobilidade.
Os dentes devem ter suas cúspides ocluindo nos sulcos dentais do dente oposto, quando estão em mau posicionamento pode ocasionar uma carga mastigatória em uma região inapropriada por um longo período e afetar as fibras obliquas iniciando uma mobilidade corrigida por ajuste oclusal por desgaste seletivo. Nestes casos pode o paciente sentir dor juntamente com a mobilidade.
As restaurações quando feitas com ângulos de cúspides errados ou com excesso de material também podem causar dor nas fibras do ligamento por contato prematuro em regiões do dente antagonista, iniciando em alguns casos o apertamento dental precursor do bruxismo.
As várias formas de mobilidades estão diretamente relacionadas com as fibras do ligamento periodontal em estado sadio, patológico, iatrogênico ou ortodôntico. As movimentações ortodônticas quando feitas de forma rápida podem prejudicar também o periodonto.